domingo, 28 de agosto de 2011

Fim de convênio deixa 16 mil moradores de Tapes sem atendimento de emergência

Um impasse entre o valor pago pela Prefeitura de Tapes pelo convênio com o Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Camaquã, deixa os 16 mil moradores do município no centro sul do Estado preocupados com a falta de atendimento emergencial. O contrato com o hospital venceu em 31 de dezembro e a Prefeitura decidiu não renovar o termo por discordar do valor de 15 mil reais cobrado por serviços de emergência e urgência.
Apesar disso, pacientes de Tapes ainda foram atendidos em Camaquã em janeiro, fevereiro e março. Porém, em abril, a direção do hospital decidiu não acolher mais pacientes do município. O presidente do Nossa Senhora Aparecida, Antônio Machado, explica que outros oito municípios da região renovaram contratos com a entidade que incluem serviços como traumatologia, anestesia e até obstetrícia.
O Hospital de Camaquã é referência no setor em toda a região e atende inclusive vítimas de acidentes na BR-116. Com o fim do convênio, pacientes em emergência de Tapes tem que ser deslocados para Porto Alegre distante 102 km da cidade, o dobro da distância de Camaquã. Ao menos 78% dos atendimentos realizados no hospital regional são pelo SUS.
O Ministério Público Estadual informou através de sua assessoria que não vai se manifestar sobre a situação porque ainda não recebeu nenhuma queixa dos moradores de Tapes quanto à falta de atendimento ou perigos no deslocamento até Porto Alegre em casos de urgência e emergência.
O prefeito de Tapes, Sylvio Tajada Xavier, disse que o município tem um hospital que realiza procedimentos menores, mas nos casos mais complexos os pacientes são encaminhados a Porto Alegre. Tajada reconhece que a situação é complicada e causa desconforto aos pacientes.


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Fábio Klar Renner
Rádio Acústica FM

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